Pará

Pará: potência da natureza e criatividade da cultura

Um mundo inteiro de experiências


A exuberância da natureza amazônica oferece um repertório inesgotável para o conhecimento humano

No Estado do Pará, a Floresta Amazônica mantém reservas preciosas para as pesquisas de novas descobertas em favor do bem comum. Sua botânica e fauna atraem cientistas de todo o mundo.
A vocação criativa dos paraenses amalgamou as raízes dos povos originários com outras referências e produziu uma cultura original. Na culinária, na música, no artesanato e no estilo de vida e fé, tudo inspira lá grandes apoteoses como o Círio de Nazaré.

Saberes e Fazeres

O artesanato e o talento plural e abrangente do Pará

O artesanato paraense expressa o talento plural e abrangente de seu povo.
A cultura paraense reúne os diferentes saberes das culturas originais e estrangeiras.

Ao todo, 43 municípios do Estado do Pará atuam no segmento, contemplando diversas tipologias, onde se destacam: cerâmica, cuia, cestaria, miriti, balata, fibras, sementes, entre outros materiais com certificação de origem. Todos os objetos são criados a partir de processos artesanais e atendem às normas éticas do manejo sustentável.

É por meio dos chamados ‘furos’, caminhos das águas dos rios, que os ribeirinhos se transformam em agentes do intercâmbio entre a tradição e a inovação. Eles são ao mesmo tempo mestres e aprendizes de um conhecimento em constante movimento. As contribuições das novas gerações são facilmente identificáveis nas inovações criativas da produção artesanal.

A forte presença dos povos originários deixou como herança o chamado ‘grafismo indígena’, encontrado nos motivos e padrões presentes em diferentes suportes, como nas cerâmicas, nas cuias e nos objetos feitos com as fibras e sementes. Uma das expressões mais conhecidas do artesanato do Pará é a cerâmica. Produzida em argila, é caracterizada pela exuberância escultórica a e variedade de produtos. Com destaque para a cerâmica marajoara, tapajônica e maracá.

Inspirada na Civilização Marajoara, a cerâmica Marajoara caracteriza-se por traços simétricos e harmoniosos. Pintura vermelha e preta sobre engobo branco, em baixo e alto relevo, entalhes, aplicações e outras técnicas.

A cerâmica tapajônica é o único legado dos índios Tapajós, que viveram entre os séculos XVI e XVIII. Caracteriza-se por ser uma cerâmica escultórica, feita com uma mistura de cauxi e cariapé, representando figuras humanas e de animais em vasos cariátides, gargalo, ídolos, pratos e outros formatos.

Pará: modos de viver, criar e produzir

Grupo Mulheres de Barro

Em Paraoapeba, o grupo Mulheres de Barro desenvolve uma cerâmica inspirada nas descobertas arqueológicas que revelaram um precioso passado histórico. Memórias de mais de 6.000 anos remontam aos primeiros habitantes do território, seus usos e costumes e demonstram como este passado deve ser preservado.
As mulheres do grupo de artesanato conheceram a história local e tiveram acesso aos ensinamentos da modelagem de cerâmicas, o que permitiu que criassem peças inspiradas numa história que reúne as riquezas da terra à cultura da comunidade.

Pará: modos de viver, criar e produzir

Atelier Arte Mangue Marajó

Arte Mangue Marajó, é um coletivo que contribui com o resgate da memória e da cultura marajoara. Criada por Ronaldo Guedes em 2005, a iniciativa busca preservar a tradição de produção da cerâmica da região e gerar renda para a comunidade, com uma grande participação feminina.
A coleta da argila é feita de forma sustentável e toda a pigmentação é natural e mineral. Cada peça é assinada pela artesã responsável, que é remunerada de acordo com o número de cerâmicas vendidas.

Pará: modos de viver, criar e produzir

Associação das artesãs ribeirinhas

As comunidades ribeirinhas da região de Santarém mantêm viva a arte de produzir cuias ornamentadas tingidas com pigmentos naturais e decoradas com traços incisos. Os traços que ornamentam as cuias são únicos e acabam sendo como uma assinatura de cada artesã. Essa atividade, que compõe o cotidiano das mulheres, marca de forma importante essas comunidades reconhecidas pela preservação de suas tradições e saberes.

Pará: modos de viver, criar e produzir

Arte fibra jupati – Marajó

A fibra de jupati é uma espécie de palmeira nativa com folhas que podem atingir até 15 metros. Aos padrões tramados, as mulheres dão o nome de enfeites e caminhos. Cada família possui seu acervo de padrões.
É na Ilha Chaves que se concentra a produção da arte em fibra de jupati.

Pará: modos de viver, criar e produzir

Trançado de Arapiuns - Santarém

Vencedores de 3 Prêmios TOP 100, os trançados de Arapiuns são um resgate da cultura indígena ancestral. As raízes da floresta, como o tucumã piranga e as chamadas plantas tintórias, são utilizadas em impactantes composições gráficas. ‘Uma das características principais das peças é o colorido, e seu tingimento que se dá por meio de substâncias retiradas das sementes (urucum), das folhas como as de crajiru, de frutos como o jenipapo e de troncos de árvores como do muruci.

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O miriti

A arte escultórica faz parte das habilidades artesanais. Reproduzidas no miriti, material conhecido como ‘isopor da Amazônia’, o artesanato paraense criou um estilo original na modelagem de figuras que expressam as caraterísticas da realidade do lugar e as brincadeiras infantis de seu povo. A produção do grupo Miritong é referência na arte.

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